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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Mais de 200 haitianos entraram no Acre durante a virada do ano


Com 1.250 haitianos retidos em Brasileia, o governo do Estado ainda continua as negociações com o governo Federal para garantir maior apoio humanitário aos migrantes.
Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Nilson Mourão, das 14 toneladas de alimentos prometidos pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), apenas sete delas já chegaram e a previsão que os produtos possam se esgotar em poucos dias.

“Ainda estamos dialogando com o governo Federal para que possamos ter mais recursos. Até o momento, tivemos o apoio com 14 toneladas de alimentos que deverão durar poucas semanas. Desse montante, já recebemos sete toneladas”, confirmou.

A maioria dos haitianos que está em Brasileia continua dormindo pelas ruas e parques, pois a pousada disponibilizada para eles possui capacidade para 100 vagas, mas o número de pessoas dormindo no local já chega a 600.

Os migrantes só poderão sair do município depois que a documentação de refugiado for liberada, o que inclui visto provisório, CPF e Carteira de Trabalho. Até o momento, 260 pessoas possuem os documentos exigidos, mas ainda não seguiram viagem para outras partes do País por falta de passagens.

“É um número muito grande de haitianos e a Polícia Federal não possui efetivo para atender a todos de uma só vez, mas isso mudará”, detalhou o representante da Sejudh.

Nilson Mourão explicou que, mesmo sem abrigos apropriados, eles estão recebendo alimentos suficientes, atendendo até as crianças com leite.

“Estamos com tantos migrantes, porque nos últimos dias a quantidade de recém-chegados aumentou drasticamente”, falou. O secretário confirmou a existência de um boato de fechamento completo da fronteira para os haitianos. Ele disse que a expectativa é de exigir visto antecipado de todos os migrantes que chegarem.

“Os que já conseguiram cruzar a fronteira terão atendimento, mas os próximos terão que apresentar visto antecipado que só poderá ser obtido na embaixada brasileira em Porto Príncipe”, avisou.

A maioria dos migrantes que está no Acre teve a ajuda de coiotes para cruzar a fronteira, uma atividade ilegal que somada aos preços das passagens do Haiti até o Brasil, chega a custar entre $ 1,1 mil e $ 1,5 mil. (Freud Antunes)

Fonte:http://www.jornalatribuna.com.br/Mostrar.jsp?id=22855

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