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domingo, 18 de março de 2012

Acadêmicos da UFAC e UNINORTE exigem retorno da gratuidade na linha Satélite Universitário

“Na calada da noite”, foi assim a discussão entre dirigentes da RBTRANS e o prefeito Raimundo Angelim, quando decidiram retirar a linha Satélite Universitário que percorria o perímetro urbano na BR-364, Universidade Federal do Acre, Uninorte, Armando Nogueira e bairros da redondeza.

A decisão começou a valer no dia 24 de janeiro, quando o RBTRANS anunciou a exclusão da linha itinerante gratuita “satélite universitário”, para dar lugar à linha “Nova Rodoviária /UFAC” sendo essa última, totalmente paga pelo usuário.

Na época, a maioria dos universitários e funcionários públicos estavam de férias e, consequentemente, não foram informados da mudança e muito menos consultados sobre o assunto.
Iniciado o semestre de 2012, estudantes e funcionários foram pegos de surpresa e obrigados a pagar R$ 2,40 para percorrer pequenos trechos como no caso do funcionário público, Gabriel Teixeira, que, com a mudança, passou a andar diariamente 3 km para chegar ao Colégio Armando Nogueira. “Trabalho na Ufac e estudo no CEAN, com isso sou obrigado a ir andando até o colégio para não pagar essa passagem absurda, e ainda ter um serviço de péssima qualidade, não acho justo percorrer um trecho pequeno e pagar tão caro”, conclui Gabriel.



Cansados de promessas por parte dos órgãos e da péssima qualidade no serviço, universitários da Ufac e Uninorte resolveram agir e iniciaram uma campanha pacífica para arrecadar assinaturas, as quais serão encaminhadas ao superintendente do RBTRANS, Ricardo Lopes Torres, para que o mesmo adote as providências cabíveis. “Mais de mil assinaturas já foram coletadas só na Ufac, vamos solicitar que o órgão reavalie a situação e retorne com a linha Satélite Universitário e acabe de uma vez por todas com esse problema”, diz o presidente do DCE da Ufac, Maike Araújo.

Os estudantes reivindicam, ainda, novas paradas de ônibus, aumento da frota, principalmente no horário de pico, sinalização adequada dentro do campus, cumprimento dos horários noturnos e maior fiscalização na velocidade máxima permitida dentro da instituição, que estaria sendo descumprida pelos motoristas dos coletivos.
Segundo Ítalo César Medeiros, Diretor de Transporte do órgão, a decisão de cobrar pela linha do satélite universitário foi estudada pelo SINDCOL e RBTRANS e empresários que disponibilizam os coletivos. “Em reunião, chegamos ao consenso de que a linha abrange 25 bairros da capital e não a uma pequena comunidade, além do mais, a população vai receber acessibilidade, agilidade e comodidade no sistema”.


Ítalo Medeiros, na época, descartou a possibilidade da gratuidade do serviço naquela região, ou seja, o consumidor vai realmente desembolsar R$ 2,40 para utilizar a linha. “Foi realizado um estudo detalhado para subsidiar a decisão sobre essa mudança, o usuário pagará por esse serviço e a mudança beneficiará um maior número de pessoas”.

Há mais de um mês o ano letivo iniciou no estado, segundo Maike Araújo, os estudantes só se manifestaram agora por conta da alagação. “Só reivindicamos nossos direitos agora em respeito aos colegas alagados, mas agora as autoridades não terão desculpas de avaliar nosso caso e propor melhorias no serviço de transporte”.

Já se tornou comum as autoridades do nosso estado resolverem problemas importantes do cotidiano dos acreanos sem a devida consulta e transparência, a exemplo da mudança do fuso horário.

Sobre a cobrança da passagem nos trechos em questão, funcionários e acadêmicos devem mesmo “bater o pé” e, se não forem atendidos, garantem que realizarão uma passeata até a Prefeitura de Rio Branco, para solicitar ao Prefeito Raimundo Angelim que ouça os apelos da comunidade e resolva o transtorno.

Fonte: http://www.ecosdanoticia.com.br/cotidiano/55-noticias/1798-academicos-da-ufac-e-uninorte-exigem-retorno-da-gratuidade-na-linha-satelite-universitario.html

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